MUDANÇA
A maringaense Priscilla Santos Souza, 33 anos, descobriu aos 18 anos que estava com ceratocone, doença que causa o afinamento da córnea e a perda da visão. Aos poucos, a vista dela foi se esvanecendo e, somente graças a um transplante de córnea, ela voltou enxergar. Priscilla precisou fazer o transplante das duas córneas devido à doença. Abaixo, a mestranda em Psicologia Clínica na Universidade de São Paulo (USP) conta um pouco mais dessa história.

(Foto: DIvulgação)
Enxergar cada dia menos. Era assim que Priscilla se sentia dia após dia. Não esperava receber a notícia de que precisaria das córneas de outras pessoas para voltar a enxergar o mundo. Apesar do susto, ela afirma que resolveu encarar logo de cara o desafio do transplante.
A primeira cirurgia ocorreu em 2001, em Joinville (SC), onde mora o pai dela. Priscilla realizou o transplante do olho esquerdo, que estava com a visão mais comprometida. Por recomendações médicas, precisou esperar mais três anos para realizar a segunda cirurgia.
Priscilla recebeu a doação de duas córneas e constatou qual era a melhora forma de enxergar o mundo: por meio da solidariedade.
E quem recebe, não esconde o desejo em também doar. Priscilla ressalta o importante papel de avisar a família sobre a vontade de ser um doador.
Confiança e esperança são dois sentimentos que ganharam destaque na vida de Priscilla.